Enquanto os
níveis humanos de um ser pertencem à superfície da terra e aprendem os assuntos
e as metas vibratórias estabelecidas pela escola que corresponde à superfície
do planeta, enquanto os níveis humanos de um ser pertencem à superfície da
terra, o teu nível interno, a tua vastidão interior, a tua vasta, oceânica
existência, desconhecida além do consciente…,
esta esfera de Luz que reside em nós e dentro da qual nós existimos (é
uma ambivalência do ponto de vista espacial, mas é assim: é uma esfera de Luz
imensa, dentro da qual nós existimos e, porém, numa primeira fase temos que a
procurar dentro de nós), esta Mónada, ao
se autodoar à evolução planetária, ela é integrada a uma civilização oculta da
Terra. Então, nós não somos apenas seres multidimensionais, mas somos,
igualmente, seres multicivilizacionais.
O Eu Consciente
é a parte do nosso ser encarregada das coisas da Terra, das coisas da
superfície da Terra. Mas os níveis Profundos, esses níveis da Vastidão
Interior, a eles pertence o Reino da Terra Oculta, o Reino Interno da Terra.
Então, nós em nível consciente, isto é, em nível sub-cerebral, aquilo que em
nós está abaixo da estabilização neurológica produzida pelo cérebro, em nível
consciente, nós somos terrestres de superfície. Mas em nível supra-cerebral,
nós somos todos, para começar, Intraterrenos. E, em nível Cósmico, todos nós
somos, como é óbvio, como é sabido, Filhos das Estrelas!
E, um trabalho
actual, um trabalho pioneiro, um trabalho novo, uma egrégora que vise apanhar o
fulcro, o ponto onde o Logos está iniciando uma nova instrução sobre a sua
humanidade, onde o Logos está iniciando uma nova educação da sua humanidade…,
um trabalho actual, é o trabalho que nos dignifica nos níveis Profundos; é o
trabalho em que nos é proposto um olhar além do que nós somos, como habitantes
da superfície da terra. É um trabalho em que o ser tem oportunidade de vibrar
acima da vibração comum terrestre e fazer isso em uníssono com outros seres.
Donde que, um trabalho actual, isto é, um trabalho que não tem como vocação
substituir-se aos trabalhos de nível psicológico, psicoterapêutico,
astrológico, analítico, mental …, (embora reconheça a utilidade do trabalho de todos
esses níveis), é um trabalho, que tem
como aspiração ir com o vento! Um
trabalho que tem como aspiração mover-se pelo vento! Ou seja, contribuir para
perceber qual é o estímulo consciente mais Alto que um ser humano pode receber
em equilíbrio, em crescimento, em expansão, sem que esse estímulo mais potente,
mais profundo, mais alto não colida com o seu equilíbrio psicológico, não
colida com seu equilíbrio psico-afectico, mas um trabalho que realmente busque
apanhar o ponto em que o Logos deste Planeta está a tentar beijar a sua
humanidade, está a tentar tocar a sua humanidade e levá-la para um novo patamar. E isto chama-se
ir com o vento.
Um trabalho que
vai com o vento, é um trabalho no qual os seres perdem massa, os seres perdem
gravitação, os seres perdem bagagem, os seres perdem fórmulas, perdem fórmula,
os seres perdem previsão, planeamento…, e, contudo, nunca o ambiente desce a
níveis inframentais, isto é, nunca o ambiente se permite tocar o supersticioso.
Um trabalho que
vai com o vento, portanto, um trabalho que tem como ponto de partida o
Intuitivo, a todo o momento, pela qualidade vibratória, ele dignifica a mente.
Ele honra a mente, ele dignifica o emocional, ele honra o equilíbrio
psicoafectivo das pessoas. Simplesmente, é um trabalho que precisa de perder
bagagem, bojo, perder lastro, de forma a que a ambiência como um todo, seja a
de crianças leves, descalças, transparentes, que estão no mistério, na
descoberta, na atitude prospectiva (não retrospectiva), aprendendo a amar o
toque da Luz no momento em que ele acontece.
E a Lei, para
que um grupo se estabilize no nível Intuitivo, é ele não ficar criando
vibração, agitação, interesse, depois da Luz ter tocado. É um trabalho, saber
ser tocado pela Luz e já está indo…, e é tocado e já está indo …, e é
estimulado e abençoado e já está
superando-se a si próprio. Isto é: é um trabalho que, constantemente, deixa
para trás o que correu bem no dia anterior. É um trabalho que não faz escola.
Que não pode ser sistematizado. Não, no sentido em que a palavra sistematizado
é utilizada.
Ir com o vento, que é uma expressão que
classifica o nível Intuitivo, não significa que o indivíduo fique a apanhar sol
à espera que o Anjo da Guarda dele lhe traga um pergaminho… Significa que este
ser tem os seus níveis humanos bem arrumados, ou arrumados quanto possível, mas
que está aprendendo a se desapaixonar dos seus níveis humanos, está a aprender
a entregar os seus níveis humanos a Quem sabe mais, a Quem sabe mais acerca do
homem, em Quem conhece mais o segredo, a chave da harmonia humana, mais do que
o próprio homem. É um ser que está aprendendo a entregar o homem em si, ao
Divino em si. E, é porque eu vou aprendendo a entregar a minha parte
processual, a minha parte dialéctica, a minha parte de contraste e reacção ao
meio ambiente e a tudo o que vocês já sabem…, é porque eu estou aprendendo a
entregar essa parte, a Quem sabe mais sobre o homem, que eu tenho direito, que
a Lei me permite ficar estabilizado no nível Intuitivo do Ser. E, ao mesmo
tempo, eu vou sentindo esse toque da Luz, esse toque da Clareza, esse toque da
Leveza, esse toque inexprimível do Ser Interno!… E o toque acontece, e eu sou
transformado pelo toque, eu sinto esse toque, esse insight, essa realização
súbita, essa iluminação pequena, rápida,
profunda e súbita, e já estou soltando aquele insight, já estou largando…,
porque vem mais…
Isto são duas
chaves importantes, para que um grupo aprenda a estabilizar-se no nível
Intuitivo:
Primeiro, ele
tem que perder carga, perder bojo, perder carreirismo, perder noção
planificada, perder projecto… Um grupo Intuitivo é um grupo que não tem
projecto; é um grupo que não sabe para onde vai – sabe para onde não vai, mas como é um grupo
Intuitivo, não tem a mínima noção porque é que está ali. Porque, se tem alguma
noção, é um grupo mental superior, é um grupo filosófico… É um grupo filosófico
de alta qualidade, mas é um grupo filosófico! Um grupo Intuitivo não sabe, não
vê, não escuta… (é como aqueles três macacos…) O grupo Intuitivo está neste
nível de vibração. Este é o nível de vibração em que o grupo é levado pelo
vento, e não pelo cristal mental, e não pelo organizador mental. Nós podemos
ser profundamente anciãos, em termos de experiência terrestre, até ao mental
superior; nós podemos, mesmo, ser anciãos: nós podemos ter netos, podemos ter
património, podemos ter formação, podemos ter maturidade, podemos ser já seres
batidos pela existência…, o que vocês quiserem … Mas isto pára, no mental
superior.
Porque, quando
eu entro no nível Intuitivo, eu sou só posso ser uma coisa: um menino, uma
criança! Ninguém sabe nada no nível Intuitivo. O nível Intuitivo é comparável a
uma membrana feita de Luz, que vibra acima do cérebro o tempo todo, e a que
se chama o Plano Causal, e que é
claramente representado, nas iconografias tradicionais, pelo Cálice. Por essa
antena parabólica encarregada de receber.
O nível
Intuitivo é totalmente feminino. Eu posso ser um herói épico até ao mental;
porque, todo o herói épico, todo o capricórnio, todo o que sabe, todo o sábio,
chega ao nível Intuitivo e, ali, é uma menina de seis anos de idade! Toda a
gente! Toda a gente fica menina com seis anos de idade no nível Intuitivo!
Isto é, o ser e
o grupo a que ele pertence, têm de desenvolver uma qualidade totalmente
feminina em termos subjectivos, em termos internos… Ele pode ser completamente
activo, yang, masculino…, o que vocês quiserem no nível processual, no nível
operativo, perante as forças do mundo, e perante, até, o savoir faire do que
vai aparecendo, à medida que os dias passam …
Mas, no nível
Intuitivo, não há nenhum esquema, não há cristalização. É o gotejar constante
de um orvalho que precisa de ser deixado inominado, inclassificado, para poder
vibrar sobre nós! Precisa ser deixado sem palavra, sem definição, lá, livre, no
seu próprio plano!… E, aqui, todos nós somos crianças de cinco, seis anos de
idade!…
Esta é a
mensagem!
Quando grandes
Entidades Cósmicas insistem em passar
informação através de crianças, pastores analfabetos, como o que aconteceu em
Fátima, em Garabandal, em Lourdes, etc., o que eles nos estão a dizer, não é
que eles estão a mitificar a criança, ou que a criança é o caminho, que vamos
ter que ficar infantis … Eles estão a dizer, que é no Plano Causal que se
recebe a Verdade! Não no mental. É isto que significa a Virgem falando aos três
pastorinhos. É no Plano Causal, isto é, é onde nós somos sempre crianças e é onde a vida é fresca, é onde a vida não
pode ser repetida, porque nasce nova a cada momento…, é neste nível, que nós
podemos saber o que é verdadeiro a cada minuto; o que é real a cada minuto.
Claro, que isto implica, falando do ponto de vista da parte terrestre do nosso
ser, isto implica um desbloquear dos centros, uma abertura do coração…, aquilo
que os terapeutas falam o tempo todo.
Mas o trabalho
é eu aspirar a viver nesta parabólica, nesta antena receptora sobre a minha
mente. O trabalho é eu estar neste nível, como uma criança, brincando ao calor
do Sol da minha Mónada! (Só espero que isto não vos pareça demasiado poético,
porque isto é mesmo assim!…) Eu preciso ficar este ser leve, transparente,
despojado, totalmente confiante, porque há um Pai que olha… E se eu faço apenas
um trabalho mental, eu vou viver com sentimento de desprotecção, porque a
protecção não está no mental! E se eu faço apenas um trabalho emocional, eu vou
viver com um sentimento de desprotecção, porque não há protecção no emocional!
E se eu faço apenas um trabalho físico-etérico, o que hoje já seria uma coisa
um bocado Lemuriana, eu continuo com sentimento de desprotecção.
Para que esta
angústia, de um indivíduo se sentir exposto e desprotegido, seja removida, eu
necessito de fazer um trabalho Intuitivo, eu necessito ir para o meu nível
Intuitivo. Eu tenho que ter todos os dias um momento em que eu não sei NADA.
Porque, se eu não tenho, por dia, cinco minutos de total ignorância, eu não
aprendo a vibrar no Intuitivo. Eu fico prisioneiro no mental. Eu fico
prisioneiro no emocional. Eu fico prisioneiro no físico-etérico. Eu necessito
de ter uns minutos por dia – cada um
terá a sua medida – em que eu não sei
nada!! Eu preciso de ter o sabor de não saber coisa nenhuma!… E de não reagir a
coisa nenhuma!… Eu preciso de encontrar esta ignorância em mim. Porque, se eu
não encontro esta ignorância básica, esta ignorância fundamental, não há acesso
ao nível Intuitivo. Isto é, se eu não encontro estes cinco minutos de profunda
ignorância, não há Sabedoria. (É claro, que esta palavra “ignorância” tem que
passar pelos vossos filtros todos, com as aspas que vocês entenderem.) Eu fico
na ignorância mental, eu fico na ignorância humana, terrena, que é toda sábia,
mas não é a Outra Sabedoria. Eu preciso de ter esta experiência de criança, surpreendida,
por uma Entidade Cósmica em cima de uma oliveira. É isto que eu preciso
trabalhar na minha Consciência Profunda.
Um grupo, um
núcleo de trabalho precisa de chegar a esta ignorância, isto é, a esta
abertura, livre de samskaras, livre de sementes mentais, livre de vibração
intencional, sem ter nenhuma intenção, senão a de ser um Vaso do Verbo. Esta é
a única intenção admitida no nível Intuitivo, no nível supramental. Chama-se a
isto, espiritualmente, ser como uma criança.
E quando é que
eu sei que estou a fazer bem o Trabalho Intuitivo?
Eu sei que
estou a fazer o Trabalho Intuitivo, quando me sinto completamente seguro para
além de todos os meus receios. É quando tu não encontras mais o medo, que tu
estás estabilizado no plano intuitivo. E, tu sabes que estás a fazer um
trabalho de contacto com o nível intuitivo, isto é, que estás a deixar-te levar
pelo vento, no dia em que aprendes a viver sem medo. No dia em que o medo não
pode vibrar mais no teu campo energético. Não há medo acima do mental! Quinze
centímetros acima do nosso crânio …, e não há medo! São só quinze centímetros!…
E, é quando o
ser aprende a viver fora da sua cabeça, fora do seu crânio, que ele descobre
esta realidade aqui em cima, onde a Paz é tão sólida como um diamante. Sem
fissuras! A fórmula perfeita! O comando! E, para que um grupo possa viver uma
realidade Intuitiva, para que um grupo não se deixe prender numa realidade
mental, emocional, física…, ele precisa de viver para além do crânio, para além
da cabeça, para além daquele nível de saber… É quando o grupo chega ao estado
de não saber, minimamente, porque é que está ali. É quando ele chega ao ponto
de ficar completamente entregue, sem saber o que vai acontecer nos próximos
cinco minutos. É nesta vibração que nós estamos realmente a navegar. Aqui, tu
começas a sentir o Vento! Aqui, tu começas a sentir um Alento, uma inteligência autogerida, que não
é uma inteligência mental! É brisa doce, eléctrica, das coisas Internas. Esta brisa, doce e eléctrica, que vem dos
mundos Internos, vai renovando o Prato da Parabólica, vai sempre introduzindo
uma Verdade Maior…, vai sempre sendo substituída, uma Pérola por outra Pérola…
Porque, quando a mente percebeu uma coisa, aquilo já não é real no Plano
Interno. Quando vocês, aqui em baixo, percebem: Ah, a tarefa é fazer um
hospital espiritual para crianças com leucemia… vocês perceberam a tarefa aqui
em baixo, ela é real aqui em baixo, mas ela já não é mais real nos Planos
Internos! Os Planos Internos já estão a preparar outra coisa!…
A tarefa é o
que não é, a tarefa é o que tu não apanhas, a tarefa é o que passa entre os dedos, a tarefa é o Vento… E
tu sentes a vida a regenerar, quando a tua personalidade é descongestionada,
pelo facto de tu teres atirado a tua
consciência bem para fora do crânio, bem para fora da pessoazinha, bem para
fora disto aqui … É quando eu jogo a consciência no Infinito, que a minha
personalidade começa a descongestionar-se.
Porque, enquanto eu estou interessado na minha personalidade, ela está
congestionada…, eu tenho uma lente que está a fritar os meus próprios veículos!
A lente de um
iniciado, a consciência de um iniciado e a consciência de um discípulo, não
foram feitas para estarem viradas para o próprio ser. Se tu já estás tendo a
lente tornada transparente, não a vires para o próprio ser! Porque, se tu viras
a lente Crística para o próprio ser, queimas os corpos! Saturas os corpos com
mais energia do que eles precisam. Os teus corpos já estão a receber toda a
energia que precisam! A lente da consciência tem que se lançar para o Outro,
para o Homem, para a Humanidade e para o Infinito!… Esta lente precisa de ir
para além dos próprios corpos, para além da preocupação consigo mesmo. Isto é
simples: eu preciso jogar a minha consciência para longe de mim, para o alto.
Eu preciso de explorar o funil, até eu chegar ao oceano. Senão eu afunilo e, quando eu afunilo, os corpos congestionam:
a coluna não funciona bem, o sangue envenena, o sistema nervoso acelera, a
mente não pára… Como é que a mente vai parar, se tu ainda achas que há alguma
verdade na mente? Como é que queres que ela pare?… Como é que esta mente vai
parar? Porque depois, as pessoas fazem meditação… claro, vivem o tempo todo a
achar que há uma verdade mental e depois fazem meditação, para ver se acontece qualquer
coisa… Enquanto eu achar que a minha mente contém alguma verdade, os meus
corpos congestionam.
A mente pode
conter soluções para situações mecânicas, situações logísticas, situações
semânticas, situações linguísticas, situações didácticas…, é tudo material, é
tudo matéria!… A nossa mente é óptima para logística. Para mais nada!
Eu preciso de
ter claro, que a minha mente não tem verdade nenhuma. Que ela não sabe o que é a Verdade. Ela bem procura,
mas não encontra. Eu preciso ter claro, que o meu emocional não sabe o que é o
Amor. Ele bem procura, mas não encontra. A mente procura a verdade o tempo
todo, o emocional procura o Amor o tempo todo, e não encontram. E depois o
indivíduo põe a lente da consciência sobre
os corpos…, e aquilo ainda aumenta mais…, e frita… E frita porquê?
Porque um ser,
que está em contacto com o Eu Superior, é uma lâmpada, é um calor, é uma
intensidade…, vocês são uma intensidade! Vocês são uma intensidade, vocês são
térmicos, vocês são consequentes, vocês são radiação, vocês são palavra viva,
vocês são Evangelho VIVO!… Vocês são intensidade, mas não para vocês mesmos! Eu
sou intensidade, mas não para mim! Eu não tenho que me autointensificar! Eu não
tenho que ficar nesse nível! Eu tenho que aprender a projectar o meu ser bem para
longe dos meus corpos!… Eu tenho que me desabitar, eu tenho que me doar, eu
tenho que me entregar, eu tenho que criar um espaço habitável – um habitáculo,
para a Divindade residente tomar controle.
Eu preciso de
explorar a forma, como eu permito ser-me controlado…
Então, nós
estamos a usar esta expressão, o indivíduo lançar-se para longe, para além dos
seus corpos, não para as pessoas ficarem alienadas e a bater com a cabeça nos
candeeiros… Porque há sempre uma parte de nós que acha que é isso: eu lanço-me
para fora dos corpos… fico num estado beatífico e bato com a cabeça num
candeeiro… Tu lanças a consciência para fora dos corpos, porque o
indivíduo está a aprender a Amar mesmo!… O que é Amar? É ser tudo! Ser tudo, é Amar!… Isto não vai
produzir miopia, nem falta de navegação, nem falta de navegabilidade, aqui na
terceira dimensão!… Nós não estamos a falar de fenómenos ópticos e objectivos,
porque uma pessoa vai detectando a forma como as nossas mentes reagem ao que
está a ser dito. Porque a mente quando ouve dizer uma coisa destas, entra um
bocado em pânico…
O
indivíduo precisa de se lançar, como um
pássaro, para além da sua localização, da sua mente, do seu crânio, do seu
local… Ele precisa de conquistar o espaço, à volta dele, acima dele, ao longo
dele, para além dele… Isto é tão verdade, quanto o facto de que o próprio corpo
físico está dentro da Mónada, não fora! Quando vocês entram numa escola mística
o instrutor diz: Procura dentro de ti! A
Mónada está lá no fundo… a Centelha está lá dentro, lá bem dentro… Quando se
diz, Procura dentro de ti, isto é,
procura numa dimensão Superior! Com o passar do tempo, à medida que o ser
avança, tu começas a compreender que não há dentro, nem fora, que o próprio
corpo físico, espacialmente falando, está dentro da Mónada, não fora. O nosso corpo vive in Mónada, no UNO, dentro da vibração Una,
dentro da Mónada! Por isso é que, quando as Curas Espirituais começarem a
acontecer, a sério, para além dos centros onde elas têm acontecido até hoje,
como Fátima, Lourdes, Garabandal, etc., quando as Curas Espirituais começarem a
acontecer, a sério, é quando o indivíduo compreender que o corpo está dentro do
Espírito! Não é o Espírito que está dentro do corpo! Esta inversão é
fundamental! Que é para eu começar a voar! Dizer que o Espírito está dentro do
corpo é a antiga coisa, é outra instrução. Eu preciso de perceber, que nada
existe fora do Espírito!
As Escolas de
Cura Cósmica, que é um assunto que tem muito a ver com o nosso trabalho, são
escolas que activam a percepção de que o corpo está dentro do Holóide, do
Veículo Supremo, do Veículo Divino, da Merkabah. O corpo está dentro do
Holóide, não fora! Isto significa que o espaço à nossa volta é Divino! E que
pode ser activado, Divinamente! E há uma Entidade/Identidade Cósmica que nos
envolve, inclusive, o corpo físico. A partir daqui, até à Cura Cósmica, é um
passo!
Claro, que eu
ainda vou trazendo energia de cima, passando energia com as mãos…, claro,
porque isso faz parte da aprendizagem! Mas, quando o indivíduo percebe, que o
corpo dele está DENTRO do Divino, está DENTRO da sua própria Mónada, não são
precisas mais antenas transmissoras de energia! Aqui é uma realização do UM
para o UM! É quando o indivíduo vê isto!
Um núcleo que
está aprendendo a vibrar no plano Intuitivo,
é um núcleo que funciona como um barco. Há um leme, há uma tripulação, há um
casco, há um meio – um fluído no qual esse se move. Mas o vento é sempre
apanhado numa direcção que não se conhece…, e tu não sabes, mais uma vez,
quando ele sopra. Mas a atitude do núcleo, é manter a vela bem limpa, e estar a
postos! Manter esta vela bem limpa, bem sem nenhuma intenção, sem nenhum
projecto, nem nenhuma figura de estilo, sem nenhuma estrutura formal…, manter a
vela limpa! Ou seja, o grupo encontra a sabedoria, quando assume a ignorância.
É quando o grupo não faz ideia nenhuma, porque é que está ali, e porque é que
magneticamente persiste, e porque é que descobre, e aprofunda, e cresce, e se
desenvolve, mas sem saber porquê… É quando o núcleo está neste ponto, a que eu
chamei ignorância, (por conveniência dialéctica minha, porque nós não sabemos
se isto é ignorância…), é quando o núcleo está neste ponto, que começa a soprar
o vento! E o núcleo é tão mais inspirado, quanto se conseguir manter assim, sem
saber…, ir sendo…, ir vendo acontecer…, e ir observando o que só pode ser
daquela forma…, e mantendo-se fluído, flexível, ágil… Não inerte, ágil! Então,
estes dínamos do Intuitivo, a que as pessoas chamam Os Mestres Ascensos, estes
dínamos do Intuitivo, vão passando as suas aragens e os seus centros de baixa
pressão e alta pressão …, e o grupo, pode-se dizer, que é um grupo Inspirado!
Ele é inspirado, porque ele soube ir deixando para trás as vibrações mentais,
as vibrações comuns. E soube erguer a sua aspiração, e manter a sua aspiração
alta, ao ponto de receber esse combustível invisível que o leva para diante.
Eu não sei se
isto se aplica necessariamente a este núcleo aqui. Isto é um trabalho
universal; é real para os grupos em geral.
Antigamente,
aquilo a que se chamava Iniciações, era algo que acontecia de uma forma
diacrónica. A primeira Iniciação antecedia a segunda Iniciação; a segunda
Iniciação antecedia a terceira Iniciação; e, assim, sucessivamente. Hoje, já
não é assim. Actualmente, a preparação para as Iniciações e as Iniciações podem
dar-se em simultâneo. Isto é, um ser pode estar a receber a primeira, a segunda
e aspectos da terceira Iniciação ao mesmo tempo. Um ser pode viver aspectos da
segunda e da terceira Iniciação simultaneamente. O que é que isto significa?
Isto significa que um ser pode estar a nascer,
a ser baptizado e a ser transfigurado, tudo ao mesmo tempo!
Recapitulando
as Iniciações: Aquilo a que se chama a primeira Iniciação, o Nascimento, o
Filho na Gruta de Belém, 25 de Dezembro…, aquilo a que se chama a primeira
Iniciação, é quando tu sentes, pela
primeira vez, que és vivido pela Vida.
Que não és tu que vives, mas é a Vida que te atravessa! Em que tu te sentes
expropriado da vida, sentes que não tens mais posse sobre a vida que te habita. Que a vida que te habita,
que a vida que tu és, não te pertence. E, a parte consciente do ser, percebe
que ele é vivido, que ele é respirado, que ele é atravessado, que ele é
animado… É quando ele passa a ter, pela primeira vez, consciência de que é uma Alma! Consciência de que é Divino!
Consciência de que a parte exterior nada sabe!
Vida é esta pulsação dentro do ser! É tu
sentires-te pulsado, vibrado, sem saberes como!… Isto é vida! O resto é
coisa orgânica.
Nós estamos a
falar de Vida! De tu sentires um Fogo no Centro do teu Ser, e este Fogo Sabe, e
Vê, e Vibra, e Vai! Isto é Vida! Vida é o Fogo que vai! E o Fogo que sobe! Do
qual nós somos instrumento! Certo. O Fogo Cósmico vestiu-se de homem. Pronto. O
Fogo Cósmico vestiu-se de homem! Então, nós temos o Fogo Cósmico vestido de
homem!… Mas é preciso um indivíduo não se impressionar muito com isto! É só o
Fogo Cósmico vestido de homem!… Não és tu! Não és tu!… É o Fogo Cósmico vestido
de homem!! É quando o indivíduo percebe, que ele é Fogo Cósmico, vestido de
homem, que ele nasce. E, isto, chama-se a Primeira Iniciação! E afecta todo o
físico-etérico. É quando o indivíduo percebe que ele é algo (nós estamos a ter
cuidado em não adjectivar demais…), é quando tu és Isso, vestido de aquilo,
então fala-se de Iniciação. Tu tens que aprender a ser Isso, não a ser aquilo.
E isto faz-se por paixão! Por libertar a Luz e o Fogo de dentro de nós. Isto não é para uma elite…
Isto é para todos os seres com capacidade
para se apaixonarem! É para todos os que sabem o que é Paixão! Não é
complicado. Desde que eu saiba o que é Paixão, eu sei o que é Iniciação…
Simples! Se eu associo Iniciação à ideia de iluminação, subtracção, perca,
sacrifício, anulação… aí, é outro registo: estamos no registo medieval… Eu preciso
de perceber, que Iniciação, é quando eu
elevo a Paixão ao mais Alto nível. Porque há uma Paixão alta – temos que falar
um pouco geograficamente, se estamos a seguir os chakras. Assim como há uma
paixão abaixo, há uma Paixão acima! O indivíduo só tem que redimensionar a
ideia de paixão. Mais nada. Então, este indivíduo, que tem capacidade de se
apaixonar e sabe o que é paixão intensa, tem capacidade de se Iniciar, de ser
Iniciado. Porque, o amorfo não sabe disto. O puritano não sabe disto. O
bloqueado nada sabe sobre estes assuntos. Só o homem de Fogo, o indivíduo que
sabe o que é Paixão, é que pode alguma vez perceber o que é Iniciação. Estão
completamente ligadas. Como?
Este Fogo que
existe dentro de ti e, neste caso, o Fogo no tórax, não foi feito para ficar
aprisionado. Porque nós temos Fogo em três pontos: no cóccix, no tórax, e no
centro da cabeça. É aí que nós somos feitos de Fogo. Aí habitam Fogos. O Fogo
da Mãe Divina habita o cóccix. O Fogo do Filho habita o tórax. O Fogo do Pai
habita a região oculta, misteriosa, no interior do cérebro, ligada à pineal.
Estes Fogos não foram feitos para ficarem aprisionados. Estes Fogos foram
feitos para serem libertados. Mas, para serem libertados geometricamente, não
para serem libertados de uma forma alienada. Eu preciso de ligar o cóccix ao
coração, o coração ao centro da cabeça. Eu preciso de fazer este triângulo.
E feito este
triângulo, regressamos a Santo Agostinho. Santo Agostinho dizia: Ama e faz o
que quiseres! (Não é extraordinário, para um teólogo Católico?…) Ama e faz o
que quiseres! Isto tem a chave da
Paixão!
Eu necessito de
me responsabilizar de que os meus Fogos são expressões de Amor! E são
expressões de Vontade e de Inteligência! E são expressões de Intensidade! Sim!
E é preciso ter consciência desta tripa realidade: Intensidade coccígea, Amor
torácico e Vontade, no alto da cabeça. Senão, eu ando de roldão. Em vez de eu
ser levado pelo vento, que não sabe de onde vem nem para onde vai, eu vivo de
roldão, como os seixos debaixo da água com as marés. Que é onde a humanidade
ainda se vai divertindo ultimamente. E este estado de ligar o cóccix ao Centro
Oculto no tórax e à Vontade/Poder do Pai, este triângulo que nós estamos a
aprender a fazer, liberta-te para a Paixão Profunda.
Então, este
Amor que está dentro de ti, Ele não foi feito para ficar escondido. O Amor que
vive dentro de ti, não foi feito para
ficar escondido, para ficar guardado… O Amor que foi colocado em ti, Ele
existe, não para ti, nem para a tua família, nem para o teu amante, nem para o
cão, nem para o primo… O Amor que foi colocado dentro de ti, tu não sabes para
que é que Ele existe! Porque, se tu sabes para que é que Ele existe, então
voltamos para o nível humano. Eu tenho que entrar num nível de concepção, no
qual eu sinto Amor e nada sei Dele. É neste nível que o Amor se liberta do
karma, dos remendos humanos e começa a elevar-se. É quando eu não faço
ideia para onde Ele vai! É quando
eu começo a libertá-lo de mim, sem me
preocupar com consequências. É quando eu
liberto o Amor que existe no meu peito, sem estar preocupado com nada. É claro,
que isto não se liberta, fazendo woodstock. Woodstock é outra fórmula. E também
é uma fórmula razoável, mas não é esta fórmula. Esta fórmula é o indivíduo
largar o medo de Amar! Renunciar ao medo! Porque o Amor não é uma coisa que tu
queiras, não é uma coisa que tu faças. O
AMOR é uma coisa que eu permito! Porque Ele já cá está todo! Eu só permito, ou
inibo! A parte humana do ser não tem nenhuma hipótese de fazer o Amor! O Amor vem do Outro, vem lá de Cima! Vem do
Divino em ti! E eu tenho que aprender a permitir o Amor: Eu permito que o Amor
exista em mim! E uma vez permitido, então, Ele começa a libertar-se. Isto é uma
coisa secreta, discreta, invisível, low profile, que se faz na quietude, que é
aprender a permitir que esse Amor se vá
libertando.
E quando o ser
vê, que aquilo que era uma bica, que deitava um bocadinho de água no princípio
do ano, a meio do ano já é uma fonte, e
três anos depois é um caudal! Então, tu começas a perceber que estás a ser
vivido por Energias de Raios, por Energias Cósmicas. Porque o Amor que foi
depositado em ti, este Amor que foi depositado em ti…, porque é que Ele está
aí? Vê lá!… Tenta lá perceber: o que é que ELE está aí a fazer? O que é que o
Amor está aí a fazer? O que é que vamos fazer com isto? O que é que nós sabemos
disto? Isto é nitroglicerina, isto é uma coisa perigosa!… Tenta perceber esse
Amor! Sente!… Está aí!…É preciso não sofismar isto! Está aí…, sente o Amor no
centro das tuas omoplatas!… Isto, nós
não sabemos o que é!… Não sabemos!… E, é isto aqui, que o indivíduo percebe,
que é vivido! É quando tu percebes que isto flui, e pulsa, e é independente…
Isto são Energias ligadas à primeira Iniciação. Que é quando o indivíduo sente
que é vivido, que é habitado, que é usado por Energias Cósmicas. E só há primeira
Iniciação, quando ele desiste de fazer seja o que for, com o Deus que o habita.
Porque, se ele ainda acha que cura, e que passa instrução, e que é uma
Sacerdotisa de Lys, e que é o braço direito de Ashtar Sheran …, se ele ainda
acha estas coisas, a coisa pára. Eles têm que parar um pouco, para ver se o
indivíduo se esquece destas coisas. O máximo que eu posso fazer, neste nível de
consciência, é permitir! Permitir!… Eu posso inibir…, ou permitir… E todo o
Amor que tu permites, atrai mais Amor. E o canal dilata… vai-se expandindo…
Assim como nós
temos acesso a realidades da primeira Iniciação, temos acesso a realidades da
segunda Iniciação – o Baptismo. A primeira Iniciação tem a ver com este
nascimento no centro do tórax. Tu sentes
que és vivido! Isto não adormece mais! E, a primeira Iniciação propriamente
dita, é quando a coisa rompe de tal forma, que o indivíduo não faz nada que
aquela coisa não permita. Isto é a primeira Iniciação completa. Terminada. Isto não está longe… Não está longe! Mas, é como
uma chama à chuva. É como uma vela à chuva. Eu tenho que ter cuidado com isto.
Eu tenho que ir ao encontro deste núcleo de Luz e alimentá-lo com a minha
atenção.
A primeira
Iniciação começa no discipulado. Não naquele dia. Não, quando o indivíduo é levado
durante a noite à presença dos Mestres. A primeira Iniciação é o nascimento de
uma Luz em ti, que pulsa! E tu sentes que Ela pulsa. E tu sentes que tu és essa
Luz. E aquilo que até então chamavas “eu”, não é mais. Tu deixas de ser um
aquilo e passas a ser um Isso. É quando eu me sinto um Isso, que eu começo a
sentir o que é Vibração Iniciática.
A segunda
Iniciação chama-se Baptismo. E, antigamente, as pessoas viviam a
primeira e depois viviam a segunda. E, actualmente, está-se a viver ao mesmo
tempo a primeira, a segunda e a terceira Iniciação. Simultaneamente. Isto é
novo. Esta informação é relativamente nova. Os indivíduos estão a receber a
primeira, a segunda e já há aspectos da terceira a serem preparados. Nós
começávamos a primeira Iniciação, não na noite da Iniciação exactamente. Mas
meses antes. Anos antes, às vezes. Durante o discipulado. Isto significa que eles estimulavam a chama
da Alma dentro de nós. Estimulavam o Ser Psíquico e a sua Chama Orientadora.
Uma espécie de Luz-Piloto dentro de nós. Eles estimulam-na e vão verificando
como é que eu, humano, respondo a essa estimulação. Eles estimulam num grau; e
depois, esperam seis meses para ver como é que um ser responde àquela
estimulação. Se ele vai ao encontro Daquilo que ele descobriu Vivo, dentro
dele, Eles estimulam mais. Se ele não vai ao encontro, Eles param a estimulação, até que o indivíduo se tenha
tornada assíduo, fiel à vibração que ele descobriu dentro dele. Isto é
preparação para a primeira Iniciação.
Portanto, é um
indivíduo não perder tempo a julgar actos humanos. É ele não perder tempo a
fazer de juiz dos outros. É ele não perder tempo a olhar para o lado, e usar a
energia do dia, que é preciosa para ir ao encontro dessa Vibração Nova, que
nasceu dentro dele. E ficar ali…, consciente,
vibrando, respondendo, cuidando… E, aí, é como uma vela à chuva! Durante essa
etapa. Uma vela à chuva, significa que a chama pode apagar-se ou diminuir
gravemente. Então, precisa de protecção.
Esta segunda
Iniciação – o Baptismo – é um processo de
lavagem completa do corpo emocional. Chama-se Baptismo, porque um indivíduo
recebe as Águas que correspondem à vibração do sentimento de Deus. Recebe-as no
alto da cabeça, continuando com o ritual de S. João Baptista; ele recebe essas
Águas no alto da cabeça, como um Nome. Daí
Baptismo. O Verbo vem até ale como Água, como Amor, como Sentimento. E
isso traduz-se no corpo emocional, através da Energia da Paz.
Do ponto de
vista do dogma Católico, o indivíduo é reintegrado ao Edifício Original da
fundação da Escola Terrestre. Isto, no Baptismo físico, no Baptismo do ritual
Católico. E, quando a Igreja Católica estava ligada à Energia Cósmica (e
esteve), aquela água era imantada com uma vibração Supraterrestre e, ao ser
vertida sobre a cabeça, activava certos códigos, que reintegravam todos os
veículos do ser a um determinado Veículo de Ascensão Colectiva, que era regido,
e era mantido estável, pela Aura do
próprio Cristo. Agora, não é mais. Não é por tu levares com um pouco de água na
cabeça que a coisa acontece.
Este Baptismo,
hoje, diz respeito a um ser começar a receber no seu emocional a energia da
Paz. No Emocional. Não é estar em Paz. Não tem nada a ver com o estar em Paz.
Tem a ver com SER PAZ! O emocional busca profundamente esta Paz. Toda a
dinâmica emocional é a dinâmica de uma parte de nós, que parece não estar
completa e que busca completar-se através de alguém. Até ao dia em que recebe a
Paz. E isto é que é Baptismo. Baptismo é quando uma vibração Solar, vinda da
nossa Estrela local, é trazida pelos Anjos e é depositada como uma Água
purificadora no corpo astral! E o corpo astral conhece uma Paz Profunda!
Baptismo é quando tu deixas de sentir o vazio.
A mente pode continuar, mas o
emocional já se aquietou. Claro, que eles são interdependentes. A mente pode
desestabilizar o emocional e o emocional pode desestabilizar a mente.
Mas, na segunda
Iniciação, no Baptismo, o que desce é o Amor de Deus de uma forma tão profunda,
tão perfeita, no nosso emocional, que a resposta do emocional é a Paz. Paz para
sempre! Um iniciado de segunda Iniciação é uma pessoa que irradia Paz o tempo
todo. Quer queira, quer não queira. Já não faz parte de um exercício consciente
dele. Não há mais meditações para ficar em Paz. Isto não tem nada a ver com
antistress, nem conforto psíquico. Isto aqui, é o fim do emocional. Como é que
se chama a morte do corpo emocional? PAZ! Quando o emocional é absorvido na
Alma, a experiência é a experiência da Paz. Quando o físico-etérico começa a
entrar em ressonância com a Alma, a experiência é de seres habitado. Tu sentes
uma vibração pulsar em ti. Na estabilização da primeira Iniciação, é como se
essa pulsação no centro do tórax, (que é o tal menino que nasce na caverna) um
dia, não vá mais embora! Fica totalmente estável! Esta primeira Iniciação é
quando tu sentes este Bebé nascer em ti, e o indivíduo não quer viver sem
sentir isto. E antes, tinha que haver esta rotura, muito forte; e, portanto,
esta Iniciação, em que o indivíduo criava espaço e o Divino se instalava (por
isso é que há provas iniciáticas, para ir observando se o indivíduo cria espaço
para Aquele que vem), o Divino instalava-se e passava-se à segunda Iniciação –
que era transformar o corpo astral.
Ou seja: o
elemental Água no teu ser, as emoções, eram integradas, fundidas, à vibração da
Alma. Hoje, está-se a fazer as duas ao mesmo tempo. Isto é: vai haver muitos
seres, especialmente os que têm tarefas para assumir à medida que a situação
planetária se deteriora, que vão receber a primeira e a segunda Iniciação em simultâneo. E alguns vão receber a segunda
e a terceira Iniciação em simultâneo. Depois, a partir da terceira é diferente.
Isto é, eles sentem que são habitados, sentem uma vibração a pulsar e, de
repente, um dia, o emocional é absorvido numa Paz que não tem retorno. Chama-se
Baptismo, quando tu recebes uma Água que vem do Alto, isto é, esta Paz total,
que absorve as oscilações emocionais. E, é quando um indivíduo, um dia, acorda
e sente esta Paz a anunciar-se, que ele sabe que também há preparativos ligados
à segunda Iniciação. Isto é: quando ele sente que algo o transcende e pulsa
nele, ele começa a perceber a primeira Iniciação. E quando essa Paz total
começa a anunciar-se, ele percebe a segunda Iniciação – O Baptismo.
Então, um
grupo, um núcleo, serve para nos ir libertando de toda a bagagem que auxilia estas descidas, estas estabilizações
vibratórias, estas revelações dentro de nós. E, actualmente, as Iniciações
vivem-se em grupo. Não individualmente. Actualmente, Eles fazem passar por
essas mudanças vibratórias, grupos de 50, grupos de 100, grupos de 200, grupos
de 20, grupos de 10…, todos ao mesmo tempo. E eu preciso de compreender que,
quando se fala de segunda Iniciação, portanto Baptismo, e se diz que a vida
astral/emocional é absorvida na Aura da Alma, é absorvida no campo vibratório
da Alma, eu preciso de compreender isto, como a chegada da Paz.
Agora, a
pergunta é esta: Tu estás pronto para a Paz? Ou a Paz ainda te assusta e tu
sentes necessidade de a repelir? Eu tenho medo da Paz? Eu aceito a Paz? Eu aceito viver em Paz? …
Porque isto não
pode ser uma violência. Isto não pode vir como uma violência, vocês entendem? Não pode vir como
uma coisa que interfere na nossa liberdade…
Eu estou preparado para a Paz, ou a Paz , de alguma forma, me angustia?
Porque o Outro pode chegar e dizer: Eu Sou a Paz, Eu dou-vos a Minha Paz,
fiquem com a Minha Paz… E nós pregamo-lo numa Cruz, não é?! Então, é porque nós
não estamos preparados para a Paz. Então Ele volta. Ciclicamente. E agora, o segundo Raio, Esse Amor Total, que
é o que vai, no fundo, curar o nosso corpo emocional, Ele vem e diz outra vez:
Eu Sou a Paz, fiquem com a Minha Paz… E
o problema é: Como é que eu me relaciono com a hipótese da PAZ TOTAL? Como é
que eu me relaciono com isto? De não mais sentir o universo a partir da
fricção? De não mais sentir desejo, mas apenas aspiração? E de perceber uma Paz
maciça, compacta, descer no meu corpo emocional? Eu estou preparado para a
Paz? Em que grau é que eu me abro para
receber a Paz? Ou será que, como é no caso de algumas pessoas, eu, inclusive,
tenho medo da Paz? Porque o que nós gostamos, é de alternância, contraste,
telenovela…
A Paz é como um
deserto! Será que nós estamos preparados para o deserto? Para a Vastidão, para
a Majestade, para a Solenidade, para a Quietude do deserto? Isto, é: será que
nós estamos preparados para a segunda Iniciação? Porque o ser diz: Ah, eu
quero, mas eu não consigo … A pergunta,
aqui, é outra! Não é se tu consegues, ou não! A pergunta aqui é, se tu estás
preparado, ou não! É outra pergunta. É se um indivíduo aceita essa
plenificação do emocional, a partir do
Centro Psíquico, como uma floração luminosa, branca, que toma conta da sua vida
emocional. Ou seja: será que eu realmente quero a Paz, ou ainda estou pedindo
mais uma voltinha no carrossel? Será que
realmente eu estou preparado para ajudar o Cristo? Será que realmente eu quero
ajudar as Hierarquias Cósmicas Superiores? Ou ainda preciso de mais algumas
experiências, contrastes …, porque isto parece insípido?…
Quando a Paz
vem, tudo o que é palato emocional começa a achar a coisa um bocado insípida.
Porque nós temos o hábito emocional da
fricção, o hábito emocional da
discussão, o hábito emocional da guerra… Porque o Marte, no indivíduo em
Paz, esta energia astrológica, ele é transferido para um nível muito interno.
Uma forma simples de perceber se eu estou preparado para a Paz, ou não, (o que
eu vou dizer é um pouco demagógico; filtrem…), uma forma simples é eu fazer um
jejum de televisão durante três meses. E aí, o indivíduo vê se está preparado
para a Paz, ou não. Vê bem o que sai da tua vida! O zoológico que sai da tua
vida!… Agora, eu posso não querer viver sem zoológico!… Então, eu não estou
preparado. É óbvio, por isso é que eu disse que isto era demagógico, porque é
óbvio que, não é porque um indivíduo pôs a televisão de parte, (até pode fazer
isso por ambição…), não é por aí, que tu vês se estás preparado para a Paz, ou
não. O processo é muito mais interno. Mas,
ao renunciar uma série de contrastes e aceleradores do astral, (porque
nós não temos uma televisão muito mental, caso vocês tenham reparado… É uma
televisão eminentemente emocional), se eu posso fazer o exercício de não ter
aquele acelerador astral durante três meses, então, provavelmente, eu tenho uma
certa abertura para a Paz. Em nível Profundo. Dito isto, a televisão não tem
importância nenhuma. O exercício da televisão em si, não tem importância. Só
que isto é dito para o indivíduo perceber o que é que significa PAZ! E é perceber, até que ponto, ele está viciado em
induções de adrenalina vindas de fora. É
perceber, até que ponto, é que ele está viciado em contrastes para
sentir que existe. Até que ponto, é que ele está viciado em lutas, em
conflitos, em conflitos radicais, em extremismos, para sentir que existe. Até
que ponto, é que ele está viciado em informação que ele simplesmente não
processa. Informação, que ele não pode processar, porque é informação a mais.
E, quando o indivíduo está a processar o que vem de fora, não está a processar
a informação que vem de dentro. A maior parte das vezes.
É quando eu
olho para um deserto que não tem oásis, mas que também não é escaldante, que
não é dramático, mas também não é insípido…., é quando olho para um vasto
deserto branco, cuja vibração é
totalmente plena, e cujo o toque em mim é de uma serenidade estável, de uma
serenidade ultralúcida e estável, que promove uma generosidade afectiva,
proporcionada à realidade de cada momento – nem excesso, nem defeito – a
vibração de Amor que cada momento precisa, é quando eu aceito este deserto de
equilíbrio, sem cor, sem pedrinhas coloridas, sem nada para brincar… Como é que
tu queres ter Paz, se um indivíduo ainda confunde brincar com Liberdade?
Depois, vem o Brincar Cósmico, Sim! Mas, este pequeno brincar, não é Paz! É brincar!… É quando o indivíduo aceita este vasto
deserto de Paz, e aceita que chegou ao fim da caminhada como guerreiro…, porque
é assim: estar em guerra é produzir ruído com o emocional! Não precisas de ir
para a guerra, lá, para a outra guerra. Basta eu produzir um ruído com o meu
emocional e eu já estou a contribuir para a guerra terrestre!
Paz, do ponto
de vista Cósmico, é quando eu vibro de acordo com a Alma. O tempo todo. E
portanto, a Vibração que sai de mim, Ela é proporcionada, ajustada ao que cada
momento verdadeiramente necessita. Não o que ele necessita segundo o meu
mental. Não. O que ele necessita de Dentro, vindo de Cima. A realidade Cósmica
para aquele minuto. Isto é que é estar em Paz! Se eu aceito este deserto, este
deserto de serenidade, que cria estabilidade, mas não tem cores, não tem cores
a mais, não tem brinquedos…, é a vastidão apenas…, então, eu estou preparado
para a Paz. Preparado para receber a segunda Iniciação. Nós não vamos receber a
segunda Iniciação, enquanto repelirmos a Paz de nós. Enquanto eu repelir a Paz
de mim, eu não posso receber a segunda Iniciação. Agora, eu preciso de perceber
o quanto, por hábito, por condicionamento genético, por cromossomas, por ADN…,
o quanto eu, ainda, tenho em mim que repele a Paz. E o ponto aqui (eu preciso
de insistir nisto), não tem a ver com o facto de eu achar, se sou capaz, ou
não! Porque isto aqui, não és tu que vais fazer!… O que é que eu sei sobre a
Paz? Se eu não sei nada sobre o Amor,
menos ainda sobre a Paz!… O que é a Paz?
O que é a Paz?… É eu estar de bem com o meu vizinho, no bairro? É eu estar de bem com a minha família? Isso
não é a Paz. É não ser agressivo? Isso
não é a PAZ!…
PAZ é o 13º
Raio, é a Síntese dos 12 Raios, é
Energia Cósmica de Órion, é o Portal de acesso aos Universos Filho, à
Energia Melchizedeck! Pax-Alfa-Ómega é o código de contato com a ordem de
Melchizedeck! Esta Paz não tem nada a ver com o estar de bem com o outro e não
ser agressivo! É claro, que se eu sou agressivo, esquece! Então, é outro mundo.
Esta Paz é uma outra realidade. E é esta realidade, esta vibração vinda dos níveis Melchizedeck, dos níveis de
Instrução do Universo, que quer descer, através do canal Psíquico no centro das
omoplatas, e espalhar-se pelo teu corpo! É isso que acontece na segunda
Iniciação.
Agora, a
pergunta persiste: Eu estarei preparado para ser tracionado para dentro das
Piscinas Cósmicas de Paz? Para ser integrado à Lei do Hexágono? Para ser um
Holograma do Adão Kadmon? Eu aceito um deserto sem contrastes em nível
emocional? Um deserto que é só Amor? E que tem, obviamente, a sua ecologia, tem
as suas texturas, tem as suas realidades sutis…, mas não tem nada a ver com o
jogo de forças, que nós chamamos vida emocional! Não tem nada a ver! Por
exemplo: se eu estou fascinado com o fato de estar triste, se eu vivo obcecado
pela minha tristeza, se eu vivo enclausurado no meu drama…, será que eu estou
disposto a renunciar à minha tristeza?
Vê bem, o quão fascinado tu estás pela tua dor!… Será que eu estou
disposto a entregar o meu drama e deixar de sofrer?… Vocês sabem que as pessoas
não gostam de deixar de sofrer!… Enquanto elas tiverem a identidade da dor…,
nem pensar! É como um bilhete de identidade. Será que eu estou preparado para
isto? Para renunciar ao meu drama e finalmente me equilibrar? Aqui, é uma
renúncia: renúncia à alegria, renúncia à tristeza, renúncia à dor, renúncia ao
prazer, renúncia ao possuir, renúncia ao ser possuído, renúncia ao comprar,
renúncia ao vender, renúncia ao apontar, renúncia ao ser apontado, renúncia ao insultar, renunciar ao ser
insultado… Eu preciso renunciar a isto tudo!… Senão, nunca saberei o que é a
Paz! Eu ficarei no nível de uma pulsação dentro de mim – primeira Iniciação.
Mas este carrossel, esta ópera que nós fazemos com a nossa vida o tempo todo…
Porque se um indivíduo não tem drama, ele acha que não existe! Se um indivíduo
não tem tristeza, não tem lágrima no olho, ele já acha que não existe! E o
problema não seria a lágrima no olho,
porque a lágrima até pode ser Iniciática, como vocês sabem. O problema é este
gosto, este prazer, que as pessoas têm, este deleite que as pessoas têm nas
suas tristezas! É o prazer perverso que as pessoas têm no seu drama, no seu
problema! É eles não perceberem, que tudo o que tu vives, no Plano Cósmico foi
uma escolha. Aqui em baixo, não sei. No Plano Cósmico foi uma escolha.
Portanto,
começa a pôr-te de pé e a assumir o teu lugar no Plano! E a sair desta condição
infantil do querer ser feliz! Porque, enquanto eu quero ser feliz, eu nada sei
da Bem-Aventurança. Enquanto eu quero ser feliz, eu estou em nível de
felicidade, não estou em nível de realização Cósmica, não estou em nível de
Bem-Aventurança! Enquanto eu quero ser feliz, eu não sei o que é a Alegria, com
um A grande!
E é quando o
ser faz isto com a mente, é quando ele renuncia à sua coisa…, é quando eu saio deste mecanismo, de que a
razão dá-me algum direito, sobre seja o
que for…, é quando eu entrego a mente, que eu vivo a terceira Iniciação!...
Isto não
significa que ele vai ficar obtuso, nem que deixa de ter razão. Significa que,
a expressão da sua razão, não é mais fundamental na sua vida. O que passa a ser
fundamental na sua vida é a expressão da sua Energia Oculta! Isto é que passa a
ser fundamental na sua vida! Portanto, é quando eu entrego a mente que eu vivo
a terceira Iniciação. Esta é mais Alta! Ainda vai demorar um bocadinho a
perceber o que é que isto significa. Em princípio. É quando eu me desinteresso
pela minha mente.
E como é que eu
me desinteresso da mente? Percebendo que a mente pode produzir um argumento e o
seu argumento contrário. Em simultâneo. É argumentar os dois ao mesmo tempo. É
quando tu consegues pensar estruturadamente um assunto e o seu oposto. Um
argumento e a sua coisa oposta. E isto toda a gente faz.
A terceira
Iniciação é quando tu recebeste a Paz Total no emocional e a mente recebe a
Iluminação. Então dá-se uma Transfiguração.
O físico está
transformado pela Presença. Está vibrando numa outra estabilidade.
O emocional
aceitou a Paz. Aceitou a Paz! Renunciou aos contrastes estimulantes da vida
humana. Eu posso receber a Paz que sela a minha vida emocional.
A vida emocional termina na Paz. A vida
mental termina na Luz.
É quando um
indivíduo olha para a mente e não vê lá mais nada! Nem uma ideia, nem uma
palavra, nada! E, contudo, nesse nada, ele pega numa caneta, senta-se, e
escreve três mil páginas! … E é um Tratado!… Iluminados escrevem Tratados! E,
obviamente, se desce Luz, sempre que tu vais escrever, falar, comunicar o que
quer que seja, o vocabulário vai sendo atraído pelo Magnetismo da Luz Interna.
Quando estas
três Iniciações acontecem, então chegamos àquilo a que se chama a Transferência
do Controle. O Controle Total do Ser
passa da personalidade, do eu positivo, consciente, para a Alma. Tu passas a
ser controlado pela Alma.
Totalmente
Controlado pela Alma!…
UM ENCONTRO COM
ANDRÉ
Belém, 21 de
Dezembro de 2001
(Transcrição
por Emília Simões)